Projeto Político Pedagógico

Considerando o mercado potencial descrito no item 19 e a função social dos Engenheiros de Controle
e Automação, as características desejadas ao futuro egresso são:
- Consciência dos impactos da automação no mundo do trabalho;
- Emprego da tecnologia em benefício das pessoas, preservando a natureza e os recursos do
planeta;
- Capacidade de raciocínio lógico e crítico;
- Dinamismo e adaptação a mudanças;
- Uso da razão e sentido de reflexão;
- Compreensão integrada do tempo e sociedade onde atua;
- Acervo de conhecimentos técnicos sólidos;
- Habilidade de identificar, analisar e solucionar os problemas de engenharia utilizando modelos e
ferramentas adequadas, com ciência de suas restrições;
- Capacidade de concepção e realização de projetos e estudos diversos na área de controle e
automação.

A atuação do Engenheiro de Controle e Automação, com o currículo proposto neste projeto,
compreende os seguintes pontos:
- Supervisão, coordenação e orientação técnica em atividades correlatas à automação;
- Atualização tecnológica e manutenção de sistemas de controle, máquinas e processos
automatizados;
- Automação de processos e sistemas em setores industriais, comerciais e de serviço;
- Concepção e integração de sistemas de controle e automação;
- Composição de unidades de produção automatizadas;
- Desenvolvimento de produtos de instrumentação, controle, operação e supervisão de processos
industriais;
- Ensino, pesquisa e extensão científica e tecnológica;
Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o número 2021-10 identifica tal ocupação
e tem como descrição sumária:
“ Elaboram, implementam, desenvolvem, aperfeiçoam sistemas, processos e
equipamentos automatizados. Testam, realizam a manutenção e assessoram
a comercialização dos mesmos. Elaboram documentação técnica e
coordenam atividades de trabalho na área de mecatrônica. ”

I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;

II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;

III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;

IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;

V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;

VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;

VII - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;

VIII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;

IX - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;

X - atuar em equipes multidisciplinares;

XI - compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais;

XII - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;

XIII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;

XIV - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.”

O funcionamento e a operacionalização do curso estarão sujeitos aos parâmetros abaixo:

- Regime: semestral;

- Número de dias com atividades acadêmicas por semestre: 100;

- Turno: matutino ou vespertino, com uma unidade curricular em turno oposto, com ingresso alternado entre os semestres, o Horário das atividades no turno matutino: 07h45min – 11h45min;

- o Horário das atividades no turno vespertino: 13h30min – 17h30min;

- Os turnos serão divididos em quatro aulas de cinquenta e cinco minutos, com intervalo de vinte minutos após as duas primeiras aulas.

- Número de alunos por turma: 40;

-  Número de turmas: uma por semestre;

- Tempo mínimo para conclusão do curso: cinco anos (dez semestres);

-  Tempo máximo para conclusão do curso: dez anos (vinte semestres). A oferta do curso nos turnos matutino e vespertino com ingresso alternado entre os semestres possibilitará que alunos que reprovarem em uma ou mais unidades curriculares possam cursá-las em turno complementar e seguir ao próximo Semestre, desde que a cadeia 40 de pré-requisitos permita. Essa prática visa diminuir a evasão e a desmotivação dos educandos. A forma de ingresso de alunos no curso é determinada através de edital realizado pelo departamento de ingresso do IFSC.

Giovani Ropelato

depe.chapeco@ifsc.edu.br

(49)3313-1259

O processo de avaliação de ensino e aprendizagem está vinculado à concepção de escola, da relação do saber, aprender, ensinar. A avaliação é parte integrante do currículo, na medida em que a ele se incorpora como uma das etapas do processo pedagógico [10]. A avaliação da aprendizagem deve sempre ter a finalidade diagnóstica, que se volta para o levantamento das dificuldades dos alunos buscando a correção de rumos, à reformulação de procedimentos didático-pedagógicos e até mesmo de objetivos e metas. Portanto, a avaliação é um processo contínuo, permanente, permitindo a periodicidade no registro das dificuldades e avanços dos educandos [11]. A avaliação abrange todos os momentos e recursos que o professor utiliza no processo ensino-aprendizagem, tendo como objetivo principal o acompanhamento do processo formativo dos educandos, verificando como a proposta pedagógica vai sendo desenvolvida ou se processando, na tentativa de sua melhoria, ao longo do próprio percurso. A avaliação não privilegia a mera polarização entre o “aprovado” e o “reprovado”, mas sim a real possibilidade de mover os alunos na busca de novas aprendizagens [12]. A avaliação da aprendizagem pode se tornar um mecanismo de integração, inclusão ou exclusão. Sendo diagnóstica, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão, com vistas a aprimorar coisas, atos, situações, pessoas, para a tomada de decisões no sentido de criar condições para obtenção de uma maior satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou construindo [13]. 42 No contexto pedagógico do curso, construir competência significa ser capaz de mobilizar, articular, produzir e colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para desenvolver e implantar soluções tecnológicas avançadas no controle e automação de processos industriais, bem como compreender, situar-se e interferir no mundo do trabalho no qual ele está ou será inserido, indicando um modelo que aplica três dimensões: conhecimento, habilidade e atitude. Essas dimensões englobam questões técnicas, pedagógicas, bem como a cognição e as atitudes relacionadas ao trabalho. O desenvolvimento de competências ocorre por meio da aprendizagem individual e coletiva, no processo de ensino aprendizagem, possibilitando o desempenho em diferentes ambientes da sua vivência, sejam estes acadêmicos, empresariais ou sociais. As competências profissionais tecnológicas gerais e específicas são desenvolvidas nas unidades curriculares de cada semestre e, por meio dos projetos integradores, podem ser integralizadas pela resolução de um problema prático relacionado com o perfil de formação estabelecido para o Semestre. A avaliação das competências relacionadas à unidade curricular é feita pelo professor e/ou professores que orientam a unidade curricular e, quando as competências estão distribuídas em mais de uma unidade curricular, a avaliação é feita pelos professores das unidades curriculares envolvidas, que estabelecem, a partir de um consenso, o conceito final. Durante o processo de avaliação, o aluno que se sentir prejudicado com o conceito recebido em uma determinada avaliação poderá recorrer à coordenação do curso num prazo de dois dias, após a divulgação do conceito, para requerer revisão, e a coordenação do curso terá cinco dias para formar uma banca a fim de emitir um parecer. Para a consolidação do processo de avaliação é realizada uma reunião após as dez primeiras semanas do semestre letivo. Essa reunião possui caráter deliberativo, e tem como objetivos: a reflexão, a decisão, a ação e a revisão da prática educativa, e ainda a emissão dos pareceres avaliativos dos professores do semestre. Além do aspecto pedagógico da avaliação, a reunião de avaliação possibilita um momento de auto-avaliação institucional, pois é planejada para que professores e alunos se auto-avaliem e façam a avaliação da atuação dos demais envolvidos no seu processo educacional. O aluno que reprovar em uma ou mais unidade curricular poderá efetuar matrícula no turno complementar, sujeito à disponibilidade de vagas nessas unidades ou em outras equivalentes, da nova matriz curricular. A matrícula nas demais unidades de semestres 43 posteriores estará sempre sujeita aos pré-requisitos elencados no capítulo anterior. Demais definições são tratadas na organização didática ou regulamento didático-pedagógico vigente.

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