Political-Pedagogic Project

O Tecnólogo em Fabricação Mecânica é o profissional que atua nas áreas da mecânica, de forma multidisciplinar, para planejar, implantar, controlar, gerenciar e otimizar processos de fabricação mecânica industriais. 
Possui, ainda, competências para desenvolver ações empreendedoras, gerenciar equipes de trabalho, atuar na gestão de projetos, desenvolvimento e melhoria de produtos, bem como atuar na área de vendas, demonstrando autonomia, responsabilidade, comunicabilidade, facilidade de adaptação e de relacionamento e capacidade de tomar decisões, além de interpretar e aplicar legislação e normas de segurança, de saúde do trabalho e ambientais. 
Este profissional deve ser consciente do seu papel social, trabalhar segundo princípios éticos, com respeito ao meio ambiente e às diferenças individuais.

A formação desse profissional, portanto, deve considerar, além das várias áreas que compõem o perfil do egresso, a área de formação geral, que contempla os conhecimentos de formação básica e social, formando um tecnólogo consciente do seu papel de cidadão. 
Diante de tais fatores, um profissional dinâmico, multidisciplinar, criativo e conhecedor das principais tecnologias de fabricação mecânicas torna-se, nas suas devidas proporções, indispensável e essencial ao progresso do mercado e, conseqüentemente, da sociedade. 
Segundo o catálogo de curso superior da SETEC-MEC, o tecnólogo em fabricação mecânica é um profissional que planeja, controla e gerencia os diversos processos industriais, atuando, também, no desenvolvimento e melhoria de produtos, processos de fabricação e gestão de projetos. 
Sendo assim, para elaborar o perfil profissional de conclusão e a estrutura curricular do curso, foram mapeadas, para cada área e sub-área industrial, todas as funções e sub-funções relacionadas às atividades desempenhadas pelo profissional na área de fabricação mecânica, atividades estas relacionadas ao planejamento, controle e gerenciamento, conforme explicitadas na TABELA 1 (Ver Projeto Pedagógico do Curso).

Ao final do curso, o tecnólogo em fabricação mecânica terá desenvolvido uma base técnico-científica traduzida pelas seguintes competências gerais:

 auxiliar no planejamento, desenvolvimento e gerenciamento de projetos de sistemas mecânicos;

 desenvolver e otimizar parâmetros de usinagem, materiais e ferramentas;

 planejar e implantar arranjo funcional e leiaute do processo produtivo;

 controlar a capacidade e capabilidade dos processos de usinagem;

 gerenciar custos, pessoas e fornecedores dos processos de fabricação.

 analisar, implantar e controlar os processos de soldagem: materiais, equipamentos, execução e ensaios;

 analisar, implantar e controlar os processos de conformação mecânica;

 planejar, controlar e otimizar a manutenção de sistemas de produção mecânicos; 

 planejar e executar procedimentos e métodos de controle e de avaliação de qualidade;

 gerenciar o processo de Planejamento, Programação e Controle da produção industrial (PPCP).

 Interpretar e aplicar normas de segurança, de saúde do trabalho e ambientais.

 Comunicar-se de forma adequada.

O tecnólogo em fabricação mecânica, formado pelo Campus Jaraguá do Sul, apresentará as competências gerais desta área profissional, que englobam o perfil profissional apresentado no catálogo nacional de cursos superiores de tecnologia, desenvolvido pela SETEC-MEC.

Mapeadas as funções e sub-funções, essas foram associadas às competências, às habilidades e aos conhecimentos necessários que definem as unidades curriculares para exercer cada sub-função especificada. Além disso, foram definidos os módulos deste curso, com suas respectivas unidades curriculares. Como resultado da aplicação desta metodologia, o CSTFM ficou estruturado em três partes:

 Parte Básica: compreende os fundamentos técnico-científicos para a formação geral e para a formação profissional (Módulos Fundamentos I e II);

 Parte Processos de Fabricação: conhecimentos de mecânica, projetos, usinagem, conformação, soldagem (Módulos: Projetos Mecânicos, Processos de Fabricação, Usinagem);

 Parte Gerencial: compreende a formação profissional nas áreas gerenciais, administração da produção, sistemas de qualidade e gestão (Módulos: Manufatura e Gestão de processos).

O curso está estruturado de forma modular. Para cursar o próximo módulo é necessário ter cursado o módulo anterior, que é pré requisito. Será permitido ao aluno seguir para o próximo módulo com pendência em até uma unidade curricular, porém, para cursar os módulos profissionalizantes III em diante, é necessário ter concluído a parte básica, ou seja, os módulos fundamentos I e II. 

A figura 1, a seguir, mostra a estrutura do curso com os seus referidos módulos. Pode-se observar que os módulos I a III são seqüenciais, já os módulos IV e V possuem o mesmo requisito, portanto podem ter a sua seqüência invertida. Da mesma forma, os módulos VI e VII podem ser invertidos, pois possuem o mesmo requisito de ter cursado os módulos IV e V.

A inversão da sequência dos módulos supracitados somente deverá ocorrer mediante interesse do IF-SC – Campus Jaraguá do Sul, para a melhor otimização dos recursos de ensino, aprendizagem e pessoal.

O aluno terá direito a certificados de qualificação intermediária, e poderá solicitar tais certificados, se houver interesse, ao finalizar os módulos III, IV e V, conforme pode ser observado na figura 1(Ver Projeto Pedagógico do Curso).

COMISSÃO DE ELABORAÇÃO: 
Prof. Gil Magno Portal Chagas 
Prof. Carlos Roberto Alexandre 
Prof. Marlon Vito Fontanive

A concepção do CSTFM está organizada em competências profissionais a serem desenvolvidas em cada módulo; por isso, o curso possui um currículo integrado para promover as aprendizagens profissionais significativas, sendo o alvo de controle do sistema de avaliação educacional a geração das competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas.

Construir competência significa ser capaz de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para desenvolver e implantar soluções tecnológicas na área de fabricação mecânica, indicando um modelo que aplica três dimensões: conhecimento, habilidade e atitude.

Para permitir que essas dimensões fossem contempladas no processo avaliativo, estabeleceu-se a avaliação das competências profissionais a serem desenvolvidas pelos alunos do curso e a avaliação dos aspectos atitudinais desses estudantes. 

As competências profissionais, que são desenvolvidas nas unidades curriculares de cada módulo e por meio dos Projetos Integradores, podem ser integralizadas pela resolução de um problema prático relacionado com o perfil de formação estabelecido para o módulo. A avaliação das competências relacionadas à unidade curricular é feita pelo professor e/ou professores que orientam a unidade curricular; e, quando as competências estão distribuídas em mais de uma unidade curricular, a avaliação é feita pelos professores das unidades curriculares envolvidas, que estabelecem, a partir de um consenso, o conceito final.

Os aspectos atitudinais, por sua vez, são avaliados de forma individual pelos professores pertencentes ao módulo e consensados em reunião de avaliação da turma, haja vista permearem todas as unidades curriculares do módulo. Tais aspectos são considerados, então, modulares e evidenciados por meio das seguintes atitudes: autonomia, responsabilidade e relacionamento.

A avaliação dá-se de forma processual, considerando diferentes estágios, como: avaliação diagnóstica ou inicial, dada a necessidade de o professor conhecer o grupo para poder planejar suas atividades; avaliações formativas, que ocorrem durante o processo e levam em conta a dinâmica das aulas e as atividades desenvolvidas pelo educando e, também, as avaliações cumulativas, que concebem a conclusão do resultado obtido.

Na realização da avaliação, deve-se considerar uma seleção de instrumentos que alcancem as várias dimensões dos domínios das competências, tais como: 

a) observação diária dos professores; 
b) trabalhos de pesquisa individual ou coletiva; 
c) testes escritos, com ou sem consulta; 
d) entrevistas e argüições; 
e) resoluções de exercícios; 
f) execução de experimentos ou projetos; 
g) relatórios referentes aos trabalhos, experimentos, visitas e estágios; 
h) trabalhos práticos; 
i) avaliação de desempenho do estágio curricular obrigatório; 
j) outros instrumentos que a prática pedagógica indicar.

O processo de avaliação deve estar integrado com o processo de aprendizagem, servindo de incentivo e motivação para a aprendizagem, o que deve ser feito através do acompanhamento de todo o processo de aprendizagem do aluno.

A definição dos critérios de avaliação é fundamental para a prática avaliativa, e devem ser apresentados aos alunos no início do semestre, através do planejamento semestral das unidades curriculares.

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