Projeto Político Pedagógico

Profissionais que atuam diretamente nas atividades agropecuárias profissionais das áreas de Agronomia, Zootecnia, Medicina Veterinária, e afins
Canoinhas pertence à região do Planalto Norte de Santa Catarina com mais treze municípios, Bela Vista do Toldo, Campo Alegre, Irineópolis, Itaiópolis, Mafra, Major Vieira, Matos Costa, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Rio Negrinho, São Bento do Sul e Três Barras. A economia dos municípios que compõem o Planalto Norte Catarinense começou a ganhar mais destaque no cenário econômico a partir do pós-guerra quando o setor madeireiro se transformou no elemento dinamizador da economia regional em função do quadro natural favorável e da abundância de matérias-primas. A base da economia está vinculada mais predominantemente no primeiro e segundo setores econômicos, agricultura e indústria (SANTA CATARINA, 2005). As culturas de milho, arroz, fumo, feijão, batata, criação de frangos, suínos e produção de leite são o que caracteriza o setor primário e responsável pela ocupação da mão de obra regional, principalmente vinculada à agricultura familiar. O setor secundário é o motor da economia regional. A principal atividade econômica é a fabricação de móveis, indústrias de papel e processamento de erva-mate, com um parque industrial composto por pequenas e médias empresas, responsáveis pela maior parcela da movimentação econômica da região. 2.2 Tendências Tecnológicas A região do Planalto Norte é caracterizada por pequenas propriedades rurais, em termos percentuais os estabelecimentos com menos de 10 ha compreendem 32,22%, os com menos de 20 ha compreendem 53,70% e com menos de 50ha chegam a 86,26% . E ainda, verifica-se que a maior parte dos estabelecimentos rurais, cerca de 82,40% das SDR (Secretarias de Desenvolvimento Regional) de Mafra e Canoinhas, não possuem pessoas contratadas, dessa forma, utilizam somente mão de obra familiar. Constata-se também que está concentrada em propriedades de agricultura familiar a produção de fumo. Este tipo de cultura tem sido monitorada e, até certo ponto, desestimulada através do Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco, implantado desde 2005. As principais preocupações dentro do programa são: financiamento, acesso à tecnologia, agregação de valor à produção local e garantia de comercialização. Neste cenário, de pequenas propriedades rurais, agricultura familiar e procura por alternativas para diversificação das áreas plantadas, tem sido estimuladas ações que fortaleçam outros segmentos como por exemplo a Fruticultura e Produção de Leite na região, por meio de projetos que viabilizem a organização do setor, o desenvolvimento da cadeia produtiva, a infraestrutura e o apoio tecnológico. Além dos esforços para atingir um melhor padrão de qualidade na produção, a região direciona, também, seus esforços para maior agregação de valor e de renda destes segmentos. A forte presença da agricultura familiar na região também é responsável pela manutenção do patrimônio ambiental, consequência da legislação e do processo de certificação florestal que influenciaram na construção de uma paisagem equilibrada no Planalto Norte, possuindo uma cobertura vegetal entre 20 e 40%, sendo desta, de 40 a 60% de vegetação típica do Bioma. Portanto, as tecnologias florestais, agrícolas, agroflorestais e agrossilvipastoris estão sempre em discussão e incluídas em projetos para desenvolvimento da região, por estarem diretamente relacionadas aos principais setores econômicos do Planalto Norte Catarinense. 2.3 Demanda O desenvolvimento rural sustentável na região tem muitos desafios, entre eles, a busca por alternativas que possibilitem aos agricultores familiares o abandono da cultura do tabaco e a conversão das áreas de mata nativa, das propriedades, em áreas que, além de contribuírem para a preservação ambiental, possam também contribuir para a melhoria da renda das famílias rurais de forma sustentável. A agricultura familiar também é um dos desafios da Pós-Graduação brasileira, conforme documento publicado pela Capes sobre a contribuição da Pós-Graduação para o desenvolvimento sustentável, segundo os temas estabelecidos na conferência Rio+20, pois pode constituir um exemplo da prática do desenvolvimento sustentável quando for ambientalmente adequada, economicamente viável, socialmente justa e culturalmente apropriada. O documento também afirma que a Pós-Graduação deve atender a necessidade de garantir aporte intelectual e tecnológico ao complexo agroindustrial brasileiro, visando a segurança alimentar, a exportação e a independência tecnológica. A qualificação de profissionais de diferentes áreas, concentrados em buscar alternativas para o desenvolvimento rural do Planalto Norte de forma sustentável é fundamental para esta região, uma vez que, também possui uma grande demanda por Pós-graduação pública e de qualidade. Mediante o exposto, a área de Recursos Naturais do Instituto Federal de Santa Catarina, Câmpus Canoinhas, oferece a abertura curso de Especialização em Desenvolvimento Rural Sustentável. Objetivo Geral: Desenvolver nos participantes uma visão crítica dos processos produtivos agropecuários do Planalto Norte capacitando-os para diagnosticar problemas e elaborar projetos voltados para o desenvolvimento sustentável do meio rural. Objetivos Específicos: - Proporcionar aos estudantes a possibilidade de conhecer e entender a importância de se produzir com sustentabilidade. - Entender o funcionamento de um estabelecimento de agricultura familiar e sua importância na região. - Apresentar as diferentes técnicas ou ferramentas de gestão que priorizam a busca de maior qualidade nos produtos agroecológicos e agregação de valor. - Proporcionar aos alunos a possibilidade da construção do conhecimento por meio de pesquisas científicas e empíricas.
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