Projeto Político Pedagógico

De acordo com Resolução Nº 313, de 26 de setembro de 1986 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA, são atribuídas ao Técnico de Nível Superior ou Tecnólogo as atividades de:

- elaboração de orçamento; - padronização, mensuração e controle de qualidade;

- condução de trabalho técnico;

- condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;

- execução de instalação, montagem e reparo;

- operação e manutenção de equipamento e instalação;

- execução de desenho técnico.

Conforme o Catálogo Nacional de Cursos de Tecnologia (MEC, 2016), p. 117, o profissional egresso do curso terá condições para: - Planejar, controlar e gerenciar processos produtivos.

- Especificar e desenvolver produtos, processos de fabricação mecânica e gerenciar projetos.

- Identificar e avaliar a qualidade dos produtos e dos processos de reciclagem envolvidos.

- Aferir a qualidade dos produtos e dos processos de reciclagem envolvidos.

- Pesquisar e otimizar a qualidade, viabilidade e sustentabilidade dos processos e da indústria de fabricação mecânica.

- Coordenar equipes de trabalho.

- Vistoriar, avaliar e emitir parecer técnico em sua área de formação.

A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), mantida pelo Ministério do Trabalho, de acordo com a descrição 2144 - Engenheiros mecânicos e afins, traz o título 2144-35, descrevendo o profissional Tecnólogo em Fabricação Mecânica, da seguinte forma: “Projetam sistemas e conjuntos mecânicos, componentes, ferramentas e materiais, especificando limites de referência para cálculo, calculando e desenhando. Implementam atividades de manutenção, testam sistemas, conjuntos mecânicos, componentes e ferramentas, desenvolvem atividades de fabricação de produtos e elaboram documentação técnica. Podem coordenar e assessorar atividades técnicas.”

Conforme o Catálogo Nacional de Cursos de Tecnologia (MEC, 2016), p. 117, o profissional egresso do curso poderá atuar em: “Indústrias de manufatura e ferramentaria, Indústrias metalúrgicas, Indústrias siderúrgicas, Montadoras de automóveis, Institutos e Centros de Pesquisa e Instituições de Ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente”

Com base no exposto no item 23, o projeto pedagógico do curso foi construído fazendo com que o tecnólogo/a em fabricação mecânica, ao concluir o curso, terá desenvolvido as competências de: 1 - Realizar o planejamento, desenvolvimento e gerenciamento de projetos de sistemas mecânicos, especificando materiais e tratamentos térmicos; 2 - Planejar, realizar e controlar processos de fabricação mecânica, especificando seus parâmetros e seguindo as normas vigentes de ergonomia e segurança no trabalho; 3 - Criar e gerenciar o planejamento de ferramentas de controle da produção, bem como aferir a qualidade final do produto; 4 - Planejar, realizar e coordenar manutenções, das mais diversas modalidades, em equipamentos mecânicos industriais, assim como em sistemas hidráulicos e pneumáticos; 5 - Propiciar a compreensão e a avaliação dos impactos sociais, culturais, econômicos e ambientais resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias; 6 - Incentivar o desenvolvimento da capacidade empreendedora e da compreensão do processo tecnológico, em suas causas e efeitos.

35. Metodologia de desenvolvimento pedagógico do curso: O alcance dos objetivos de aprendizagem está associado à utilização de estratégias pedagógicas que estabeleçam uma sólida relação da teoria com a prática, visando à autonomia e à emancipação do(a) estudante. Neste sentido, o desenvolvimento dos componentes curriculares deve favorecer a formação de sujeitos críticos, criativos, pesquisadores e que protagonizam o próprio conhecimento, sendo o(a) professor(a) um mediador(a) e articulador(a) do conhecimento. O PDI 2020-2024 apresenta a concepção de educação pautada na perspectiva histórico-crítica, democrática e emancipadora “que entende a educação como prática social”. De forma similar, a concepção de Educação Profissional e Tecnológica é apresentada numa perspectiva de formação técnica atrelada ao desenvolvimento e transformação do indivíduo, da sociedade e da cultura. A necessidade atual de uma educação que desenvolva a proatividade, colaboração e visão empreendedora traz desafios para uma efetiva atuação do docente na sala de aula. Como alternativa de ruptura dos métodos tradicionais de ensino, surgem novas propostas de criação de espaços de aprendizagem onde ocorra o estímulo à criatividade, inovação e aprendizagem significativa. “As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa” (MORÁN, 2015). Nesse sentido, o Curso de Tecnologia em Fabricação Mecânica dispõe de atividades de extensão que são utilizadas para evidenciar o ensino através de projetos interdisciplinares protagonizados pelos alunos através da orientação dos professores. Nesses componentes curriculares, são utilizadas metodologias ativas focadas na solução de problemas reais, advindos da sociedade local e associados à formação profissional dos alunos. Em tal abordagem, as aulas podem ocorrer nas salas, laboratórios ou em locais alternativos conforme demanda dos projetos. Nos diferentes componentes curriculares do curso poderão ser desenvolvidas estratégias de ensino utilizando-se de metodologias ativas e outras metodologias pertinentes, que possibilitem o protagonismo e autonomia dos estudantes no processo de aprendizagem e busca do conhecimento. A integralização do currículo deverá ocorrer dentro da carga horária pré-estabelecida, sendo as metodologias ativas ferramentas que possibilitem uma melhor otimização das aulas e aprendizado colaborativo em vista de uma aprendizagem ativa. [...] aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto em estudo – ouvindo, falando, perguntando, discutindo, fazendo e ensinando – sendo estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebê-lo de forma passiva do professor. Em um ambiente de aprendizagem ativa, o professor atua como orientador, supervisor, facilitador do processo de aprendizagem, e não apenas como fonte única de informação de conhecimento (BARBOSA; MOURA, 2013). O mundo do trabalho tem exigido cada vez mais o uso de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação). Nesse sentido, a formação profissional do Curso de Tecnologia em Fabricação Mecânica também valoriza e explora novas tendências tecnológicas de modo a garantir acesso e conhecimento destas TICs aos alunos. De modo a suprir dificuldades de aprendizado dos alunos, serão disponibilizados horários de atendimento extraclasse com os professores de cada componente curricular, bem como monitorias de ensino com estudantes (bolsistas). Poderão também ser desenvolvidas oficinas de aprendizagem conforme necessidade dos componentes curriculares.

Chefe DEPE: Giovani Ropelato, depe.chapeco@ifsc.edu.br, (49) 3313-1259

Nome do Coordenador/proponente do curso: Fernando Michelon Marques, fernando.marques@ifsc.edu.br, (48) 9984-9747

37. Avaliação da aprendizagem: O processo de avaliação de ensino e aprendizagem está vinculado à concepção de escola, da relação o saber, aprender, ensinar. A avaliação é parte integrante do currículo, na medida em que a ele se incorpora como uma das etapas do processo pedagógico (ESTEBAN, 2005). A avaliação da aprendizagem deve sempre ter a finalidade diagnóstica, que se volta para o levantamento das dificuldades dos alunos, buscando a correção de rumos, à reformulação de procedimentos didático-pedagógicos e até mesmo de objetivos e metas. Portanto, a avaliação é um processo contínuo, permanente, permitindo a periodicidade no registro das dificuldades e avanços dos educandos (ROMÃO, 2005). A avaliação abrange todos os momentos e recursos que o professor utiliza no processo ensinoaprendizagem, tendo como objetivo principal o acompanhamento do processo formativo dos educandos, verificando-se como a proposta pedagógica é desenvolvida ou se processa, na tentativa de sua melhoria ao longo do próprio percurso. A avaliação da aprendizagem pode se tornar um mecanismo de integração, inclusão ou exclusão. Sendo diagnóstica, tem por objetivo a inclusão, com vistas a aprimorar processos, atos, situações, pessoas, para a tomada de decisões no sentido de criar condições para obtenção de um maior aproveitamento daquilo que se busca no processo de construção do conhecimento (LUCKESI, 2006). No contexto pedagógico do curso, construir competência significa ser capaz de mobilizar, articular, produzir e colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, para desenvolver e implantar soluções tecnológicas de processos de engenharia, bem como compreender, situar-se e interferir no mundo do trabalho no qual ele está ou será inserido. O desenvolvimento de competências ocorre por meio da aprendizagem individual e coletiva, no alcance dos objetivos de cada componente curricular, possibilitando o bom desempenho em diferentes ambientes da sua vivência, sejam estes acadêmicos, empresariais ou sociais. O processo de avaliação dos estudantes é feito através do conceito final, sendo atribuído um valor de 0 a 10, em valores inteiros, de acordo com o desempenho do aluno no processo de aplicação das competências nas atividades envolvidas. Considera-se que, no desenvolvimento pedagógico do curso, cada unidade curricular desenvolve no mínimo dois momentos de avaliação e que possibilita identificar as dificuldades e potencialidades relevantes de cada aluno. As avaliações deverão ser diversificadas, conforme prevê o Regulamento Didático-Pedagógico do IFSC. A avaliação nas unidades curriculares de atividades de extensão será regulamentada por documento próprio aprovado pelo colegiado do curso, disponível no sítio eletrônico do curso. Um ponto também importante a ser destacado é que cada componente curricular, principalmente do núcleo específico profissionalizante, realize em um dado momento uma atividade/avaliação baseada em metodologia ativa de aprendizagem, buscando tornar os alunos protagonistas do processo de ensino e aprendizagem, na solução de problemas envolvendo os fundamentos de engenharia. A aprovação dos discentes estará condicionada à obtenção de um conceito final, superior ou igual a seis (6), nas avaliações das unidades curriculares do curso, durante o processo de ensino e aprendizagem. Aos estudantes que não obtiveram êxito no processo de aprendizagem, será realizada uma recuperação de estudos, conforme previsto no regimento didático pedagógico da instituição (IFSC, 2018). Essa recuperação compreende novas atividades pedagógicas, que ocorrerão preferencialmente no horário previsto de aula, buscando uma melhoria na aprendizagem do aluno. Ao final das atividades, ocorrerá uma nova avaliação, onde o resultado final será o maior valor entre a avaliação ocorrida anteriormente e a ocorrida após. Durante o processo de avaliação, o aluno que se sentir prejudicado com a nota recebida em uma determinada avaliação, poderá recorrer à coordenação do curso, em conformidade com o regulamento didático-pedagógico, em um prazo de até dois dias após a divulgação do conceito para requerer revisão. A coordenação constituirá uma banca para mediar esta situação e solucionar os casos através de um parecer, que será emitido em até 5 dias a partir do recurso apresentado pelo aluno, nos termos do regulamento. Para a avaliação no processo de ensino e aprendizagem, será realizado um conselho de classe intermediário que ocorrerá preferencialmente até as dez primeiras semanas do semestre letivo. Nesta reunião, de caráter deliberativo, reúnem-se os professores e os alunos de cada semestre, que tem como objetivos: a reflexão, a decisão, a ação e a revisão da prática educativa. Além do aspecto pedagógico, a reunião de avaliação possibilita um momento de autoavaliação institucional, pois é planejada para que professores e alunos se auto avaliem e façam a análise da atuação dos demais envolvidos no seu processo educacional. O conselho de classe é conduzido e organizado pelo coordenador do curso em conjunto com um membro da coordenadoria pedagógica, sendo o processo documentado em ata para posteriores encaminhamentos. O aluno que reprovar em uma ou mais unidades curriculares poderá efetuar matrícula no turno complementar, sujeito à disponibilidade de vagas nessas unidades ou em outras equivalentes. As matrículas nas demais unidades de semestres posteriores estará sempre sujeita aos pré-requisitos elencados neste documento. Demais definições são tratadas na organização didática ou regulamento didático-pedagógico vigente. Em relação à unidade curricular optativa de Libras, ofertada na modalidade à distância, a avaliação será realizada em um processo contínuo através do Moodle por atividades como questionário e fóruns de discussão. Nessas atividades, os alunos podem demonstrar o seu conhecimento sobre a compreensão da Libras e conhecimentos teóricos sobre a história e a cultura do povo surdo. Atividades como “tarefa” e “fórum” são utilizadas para avaliar a produção da Libras pelos alunos ao enviarem vídeos em Libras. Ao final da UC de Libras, é realizada uma avaliação presencial em laboratório de informática. Os alunos fazem uma atividade do tipo questionário de múltipla escolha que é disponibilizado apenas na data e hora da avaliação. A avaliação de Libras baseia-se na clareza da sinalização e no uso das marcações manuais gramaticais e emocionais ao nível A1 de fluência do quadro europeu de referência para línguas. A prova presencial final e os vídeos em Libras corresponderão a mais de 50% da nota da optativa de Libras.

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