Projeto Político Pedagógico

O Técnico em Mecatrônica será habilitado para:

● Projetar, instalar e operar equipamentos automatizados e/ou robotizados empregados em processos de manufatura considerando as normas, os padrões e os requisitos técnicos de qualidade, saúde e segurança e de meio ambiente;

● Realizar programação, parametrização, medições e testes de equipamentos automatizados em processos de manufatura;

● Realizar integração de equipamentos mecânicos e eletrônicos utilizados em processos de manufatura;

● Reconhecer tecnologias inovadoras presentes no segmento visando a atender às transformações digitais na sociedade.

Para atuação como Técnico em Mecatrônica, são fundamentais:

● Conhecimentos e saberes relacionados ao planejamento e implementação de processos automatizados de manufatura de modo a assegurar a saúde e a segurança dos trabalhadores e dos usuários;

● Conhecimento e saberes relacionados à sustentabilidade do processo produtivo, às técnicas e aos processos de produção, às normas técnicas, à liderança de equipes, à solução de problemas técnicos e trabalhistas e à gestão de conflitos.

De acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, o egresso poderá atuar nas áreas relacionadas abaixo:

● Indústrias com linhas de produção automatizadas, aeroespaciais, automobilística, metalmecânica e plástico;

● Empresas integradoras de sistemas de automação industrial;

● Fabricantes de máquinas, componentes e equipamentos robotizados;

● Startups de pesquisa que desenvolvam projetos na área de sistemas elétricos;

● Laboratórios de controle de qualidade.

1. Conhecer manifestações artísticas, linguísticas, históricas, sociais, filosóficas, científicas, tecnológicas e culturais da sociedade; 2. Atuar com autonomia na sociedade, de forma humanizada, crítica e integral, respeitando a pluralidade e as diferenças; 3. Ser capaz de desenvolver e transferir tecnologias, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente e a demandas sociais; 4. Apropriar-se dos conhecimentos científicos historicamente desenvolvidos no campo das Ciências Naturais e Exatas, para que possam compreender a realidade e transformá-la e, em articulação com as tecnologias advindas dessas ciências, contribuindo no processo de desenvolvimento da sociedade; 5. Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos, códigos e nomenclatura da linguagem científicas inerentes ao curso; sendo capaz de ler, articular e interpretar estes símbolos e códigos em diferentes linguagens e representações, como: sentenças, equações, esquemas, diagramas, tabelas, gráficos e representações geométricas; 6. Compreender os princípios científicos presentes nas tecnologias, identificando informações e variáveis relevantes para a resolução de situações-problema, de acordo com sua capacidade técnica; 7. Estruturar o raciocínio lógico e, enquanto instrumental, utilizar o conhecimento matemático na resolução de problemas práticos em outras áreas do conhecimento e em suas atividades profissionais; 8. Compreender o corpo humano como um todo integrado e a saúde como um bem-estar físico, social e psíquico do indivíduo; 9. Construir uma consciência crítica acerca do papel das diferentes linguagens, possibilitando compreender e explorar a estrutura e funcionamento da língua, sob o ponto de vista pragmático, comunicativo e discursivo; 10. Compreender a interação entre ciência, sociedade e tecnologia, construindo uma consciência crítica através da compreensão do mundo e de suas transformações históricas, geográficas, sociais, culturais, políticas e econômicas, e o estabelecimento de relações com conhecimentos do cotidiano, contribuindo para o processo de desenvolvimento como indivíduo atuante na sociedade; 11. Utilizar as bases tecnológicas de gestão e de empreendedorismo para planejar, supervisionar, controlar e realizar ações de montagem e de manutenção corretiva e preventiva de sistemas mecatrônicos, podendo ainda programar e operar máquinas e sistemas automatizados de manufatura; 12. Atuar em laboratórios, salas de projeto, em oficinas ou em campo, testando o funcionamento, reparando ou substituindo componentes danificados, empregando conhecimentos técnicos, ferramentas e dispositivos específicos, de acordo com normas técnicas, ambientais, de qualidade e segurança e procedimentos industriais; 13. Utilizar recursos computacionais (CAD/CAE/CAM) aplicados à mecatrônica para atuar no desenvolvimento de projetos e produtos; 14. Utilizar o raciocínio lógico para programação, parametrização e medições dos equipamentos e dispositivos mecatrônicos; 15. Controlar a qualidade de produtos em processos de usinagem, empregando técnicas e instrumentos adequados de medição, de acordo com normas e padrões pertinentes com tolerâncias estabelecidos; 16. Realizar testes, ensaios, inspeções e experimentos referentes ao desempenho de equipamentos e sistemas automatizados, emitindo relatórios.

A metodologia pedagógica do Curso Técnico em Mecatrônica prioriza o desenvolvimento da concomitância permanente na movimentação de conhecimentos tecnocientíficos teóricos e práticos, tendo o trabalho como princípio educativo, oportunizando deste modo a formação integral dos estudantes A partir da concepção histórico-crítica da educação, adotada pelo IFSC a metodologia pedagógica do curso desenvolverá conhecimentos a partir da realidade do estudante, que através da problematização e da instrumentalização científica, oportuniza a ampliação da compreensão das realidades e a intervenção na mesma, colaborando desta forma para construção autônoma do pensamento crítico e emancipatório. A matriz curricular do curso, ou dos componentes curriculares, é edificada de acordo com as peculiaridades do conhecimento teórico-prático. Nela busca-se utilizar estratégias metodológicas, com o intuito de constituir-se em meios de aprendizagem significativa e de desenvolvimento da autonomia dos estudantes. A integração de conhecimentos será planejada por meio das atividades desenvolvidas nos laboratórios, denominadas de práticas de laboratório e ainda cabe destacar a construção coletiva dos projetos integradores. Este conjunto serão os meios metodológicos que promoverão a interdisciplinaridade. A construção coletiva do conhecimento ocorre de forma afetuosa e contextualizada, de forma a preparar o estudante para as atividades do trabalho técnico no dia-a-dia da profissão. Pode-se destacar ainda a formação crítica, ética-política, de curiosidade, de criatividade, do trabalho coletivo, enfatizados em nossas normativas de referência da política educacional vigente da instituição. Essa formação busca ainda ancorar-se a fundamentos epistemológicos e didático-pedagógicos, também presente nos referenciais científicos, tecnológicos e da legislação nacional atual. As estratégias metodológicas são pensadas para possibilitar a interação dos protagonistas no processo de ensino aprendizagem, são eles os estudantes, os professores e os atores que participam do entorno e possibilitam contribuições para o processo de ensino aprendizagem, como técnicos de laboratório, pedagogos, servidores e terceirizados. O objetivo de formar o “Cidadão Profissional Técnico em Mecatrônica” também deve estar fundamentado na promoção do “Desenvolvimento do Espírito Científico e Tecnológico” dos estudantes. Deste modo, promover a ciência, a tecnologia, ou seja, os conhecimentos sistematizados, validados e utilizados pela sociedade, é dever das instituições que disponibilizam ensino, extensão e pesquisa, atividades estas desenvolvidas permanentemente na busca da excelência pelo IFSC. No Curso Técnico em Mecatrônica as atividades de ensino, extensão e pesquisa são estimuladas, como por exemplo, na solução de problemas imbricados com a realidade do mundo de trabalho e suas tecnologias. Nessa perspectiva, a prática formativa de movimento dos conhecimentos técnico-científicos orienta-se pela abordagem concomitante da teoria e da prática, das inovações pedagógicas, das novas tecnologias e da formação cidadã profissional. O método pedagógico para o processo de ensino aprendizagem aproximar-se mais da realidade a ser vivida pelos estudantes no ambiente profissional é o Projeto Integrador. Ele foi experimentado inicialmente como principal eixo metodológico de curso do IFSC lá pelos idos de 2001, no Curso Técnico em Mecânica – CTM. Foi reconhecido também pela contração dos termos iniciais, formando a sigla PROIN. Atualmente é uma realidade em todos os cursos do departamento e em grande parte dos cursos do IFSC. Essa referência metodológica do PROIN, pela qual o departamento e instituição são reconhecidos, foi construída a partir do estudo do fazer pedagógico na linha construtivista e crítica do conhecimento. Ele também é estruturado em referenciais teóricos epistemológicos do conhecimento da ciência e tecnologia como os fundamentos para o processo ensino aprendizagem. O PROIN sustenta-se no fazer pedagógico coletivo, do sempre aprender a aprender na dimensão horizontal das relações entre professores e estudantes, da importância da pesquisa na busca de soluções tecnológicas e científicas, e da aplicação do produto do projeto como solução para problemas sociais. No entanto, o maior destaque pedagógico dos resultados dessa metodologia é o reconhecimento que os conhecimentos quando utilizados no PROIN não estão fragmentados, eles fazem parte de um todo a ser construído. Os Projetos Integradores deverão ocorrer como componente curricular obrigatório, desta forma os docentes deverão definir horário semanal de planejamento para organização dos temas, metodologias e atividades a serem desenvolvidos. Deverão orientar as atividades propostas priorizando o protagonismo dos estudantes no processo. Os cursos técnicos integrados do Campus Florianópolis desenvolvem atividades em contraturno nos seis primeiros semestres do curso. Uma preocupação na montagem dos horários dos componentes curriculares é o equilíbrio na sua composição, principalmente no dia do contraturno, de tal forma a não compor um horário de extrema exigência lógico cognitiva dos estudantes, para não os sobrecarregar nas atividades do processo ensino aprendizagem. As metodologias pedagógicas utilizadas no curso contribuem também para avaliação do processo ensino aprendizagem, de modo a permitir com os resultados dessa avaliação, as reflexões individuais e coletivas dos professores e dos estudantes. Com isso, é possível a melhoria permanente da formação do Técnico em Mecatrônica Integrado ao Ensino Médio, do Campus Florianópolis, do IFSC.

Chefe DEPE: Diretora de Ensino: Paula Borges Monteiro Fone: 48 3211 6007 E-mail: dir.ensino.fln@ifsc.edu.br

Chefe de Departamento: Marcelo Carlos da Silva, mcsilva@ifsc.edu.br, (48) 3211-6075

Contatos: Francisco Rafael Moreira da Mota, francisco.mota@ifsc.edu.br Marcelo Carlos da Silva, mcsilva@ifsc.edu.br

Nome do Coordenador/proponente do curso:

Francisco Rafael Moreira da Mota 

francisco.mota@ifsc.edu.br

O sistema de avaliação do Curso Técnico em Mecatrônica segue a regulamentação especificada no Regimento Didático Pedagógico do IFSC. A avaliação será desenvolvida numa perspectiva processual e contínua, que busca a (re)construção do conhecimento coerente com a formação integral dos estudantes. Considera-se a avaliação como um processo contínuo e cumulativo, assumindo as funções diagnóstica, formativa e somativa. A avaliação deste modo permitirá a observação do avanço processual da turma e de cada estudante, considerando os objetivos propostos por cada componente curricular. Os resultados obtidos das avaliações realizadas pelos estudantes também devem ser instrumentos da avaliação do processo de ensino, possibilitando ao docente repensar e reformular sua prática pedagógica. O processo de avaliação priorizará o processo qualitativo, principalmente quando o objeto do conhecimento da avaliação, além de teórico, é prático. Ainda que o conhecimento avaliado seja teórico, a quantificação do aprender da prática avaliativa docente é uma ferramenta metodológica de transformação de aspectos qualitativos em aspectos quantitativos de aprendizagem. Os aspectos qualitativos avaliativos devem ser pautados no respeito às características dos estudantes, como, por exemplo, o tempo necessário para a aprendizagem. O processo e o tempo necessário para uma apropriação de conhecimento pode ser variável, e a instituição prevê em suas normativas possibilidades para os estudantes que necessitam desenvolver competências para áreas técnicas de participar de programas diferenciados de formação. A instituição IFSC adota para registro acadêmico de desempenho dos estudantes em atividades formativas dos cursos a seguinte forma de quantificar o aprender: a cada componente curricular cursado pelo estudante será atribuída uma nota, na escala de 0 (zero) a 10 (dez), a partir das diferentes formas de avaliações realizadas no processo de ensino aprendizagem. As notas devem ser inteiras, ou seja, as possibilidades de notas são: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. Essas regras estão estabelecidas pelas normativas do IFSC. A quantidade de avaliações por componente curricular é de no mínimo 3 avaliações. Os instrumentos, estratégias e formas de aplicação das avaliações de aprendizagem deverão constar nos planos de ensino, observado o Regulamento Didático-Pedagógico do Instituto Federal de Santa Catarina. O desempenho acadêmico deve ser divulgado, obrigatoriamente, para os estudantes. Ainda, pode ser realizado o retorno para a turma dos resultados das atividades avaliativas, quando todos podem questionar e debater o processo e os resultados. Ao realizar o processo de devolução da atividade avaliativa para a turma, o docente está atendendo a legislação, além de reforçar a aprendizagem e avaliar a metodologia/instrumento de avaliação. Em caso de aproveitamento não satisfatório nas avaliações com os objetivos dos componentes curriculares, acontecerá a recuperação de conhecimentos que compreenderá a realização de novas atividades pedagógicas no decorrer do semestre letivo, que possam promover a aprendizagem em consonância com os objetivos do plano de ensino de cada componente curricular. Após a realização de novas avaliações para verificar se o estudante conseguiu superar as dificuldades apresentadas, prevalecerá a nota de maior valor entre a obtida na avaliação realizada. As atividades avaliativas processual e formativa podem ser realizadas por meio de instrumentos teóricos e práticos, provas orais e escritas, seminários e projetos, trabalhos de pesquisa individual ou coletivo, testes e provas escritos, entrevistas e arguições, resoluções de exercícios, planejamento ou execução de experimentos ou projetos, relatórios referentes aos trabalhos, experimentos ou visitas técnicas, atividades práticas, realização de eventos ou atividades abertas à comunidade. Pensado como um espaço de reflexão e deliberação acerca do processo de ensino e aprendizagem, o conselho de classe intermediário deverá ocorrer, aproximadamente, na metade do semestre letivo e, preferencialmente, de modo participativo com estudantes, professores, coordenação do curso e equipe pedagógica. Seu objetivo é avaliar coletivamente o período letivo cursado e encaminhar ações individuais e/ou coletivas que visem a manutenção e/ou melhoria tanto do ensino quanto da aprendizagem para a melhor continuidade do semestre. O conselho de classe final também faz parte do processo avaliativo onde os professores têm a oportunidade de ver o estudante não somente na perspectiva de seu componente curricular, podendo ser um espaço de reavaliação a partir do progresso do estudante como um todo. O estudante será aprovado no componente curricular se obtiver frequência de 75% (setenta e cinco por cento) e média semestral igual ou superior a 6,0 (seis). Os critérios para alcançar a média, bem como de recuperações paralelas, são descritos no plano de ensino docente, de acordo com as normativas institucionais. As normas da instituição permitem aos estudantes que são reprovados em até 02 (dois) componentes curriculares, no semestre, de realizar a progressão parcial. A situação de progressão parcial para os estudantes consistirá na possibilidade de cursar os componentes curriculares pendentes, juntamente com o próximo módulo letivo do curso.

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