Projeto Político Pedagógico

O perfil do egresso do curso de Engenharia Mecatrônica proposto atende ao que dispõe o artigo 3º da Resolução CNE/CES 2, de 24 de abril de 2019: O perfil do egresso do curso de graduação em Engenharia deve compreender, entre outras, as seguintes características: I - ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica; II - estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora; III - ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia; IV - adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática; V - considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho; VI - atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável. O egresso do curso de Engenharia Mecatrônica do IFSC Câmpus Criciúma deve atuar, criativamente, na identificação e resolução de problemas de engenharia, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, na perspectiva ética e humanística, visando a atender às demandas da sociedade. O curso tem como característica marcante a multidisciplinaridade entre fundamentos científicos, tecnologias e processos. Apesar de receber o título de Engenheiro de Controle e Automação (código 121-03-00), a extensa carga horária direcionada aos conteúdos e práticas de mecânica pressupõe que o egresso seja capaz de, entre outras atividades relacionadas, projetar, avaliar, inspecionar e construir máquinas e equipamentos controláveis e automatizáveis, plantas industriais, entre outros dispositivos mecatrônicos que interajam em redes industriais, residenciais e comerciais. Deve ter condições de projetar e construir as partes mecânica, eletroeletrônica e de software dessas máquinas, equipamentos e sistemas, além de poder integrar estas entre si. Estas e outras atribuições podem ser consultadas junto ao CREA e cabe ao egresso solicitar tal extensão, conforme a Resolução Confea Nº 1.073/2016, Art 6º, § 2º que diz: As eventuais atribuições adicionais obtidas na formação inicial e não previstas [em legislação e regulamento do Confea] serão objeto de requerimento do profissional e decorrerão de análise do currículo escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do profissional, a ser realizada pelas câmaras especializadas competentes envolvidas.

• Indústrias de diversos setores; • Empresas de energia e combustíveis; • Manufatura de peças; • Desenvolvimento de máquinas e ferramentas; • Automação e Robótica; • Hidráulica e Pneumática; • Projeto e Consultoria.

A Resolução CNE/CES 2, de 24 de abril de 2019, no artigo 4º determina que a formação do engenheiro tenha por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: I - formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto: a) ser capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos; b) formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas; II - analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação: a) ser capaz de modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras. b) prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos; c) conceber experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo. d) verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas; III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos: a) ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas; b) projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia; c) aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia; IV - implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia: a) ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções de Engenharia. b) estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação; c) desenvolver sensibilidade global nas organizações; d) projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas; e) realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental; V - comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica: a) ser capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente do Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis; VI - trabalhar e liderar equipes multidisciplinares: a) ser capaz de interagir com as diferentes culturas, mediante o trabalho em equipes presenciais ou a distância, de modo que facilite a construção coletiva; b) atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente quanto em rede; c) gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos; d) reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (globais/locais); e) preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de pessoal e de mercado; VII - conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão: a) ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio ambiente. b) atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando; VIII - aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação: a) ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias. b) aprender a aprender.

35. Metodologia de desenvolvimento pedagógico do curso: O processo de ensino deve se enquadrar dentro de um contexto mais criativo e social, fomentando no aluno o interesse para se relacionar melhor com o mundo que o cerca. O exercício da Engenharia é mais do que o desempenho de habilidades técnicas. A tônica do currículo de Engenharia é apresentar a importância da concepção do projeto centrado no trabalho em equipe, na aprendizagem, em problemas reais e na avaliação continuada. Para atingir o objetivo de promover uma educação baseada em problemas de engenharia e permitir que os alunos apliquem seus conhecimentos no desenvolvimento de projetos, levando-se em consideração o perfil do Engenheiro a ser formado, o curso de Engenharia Mecatrônica do Campus Criciúma está fundamentado nas premissas a seguir: serão oferecidas unidades curriculares de conteúdo curricular básico em consonância com as Diretrizes para os Cursos de Engenharia do IFSC, que servem de subsídio para as unidades curriculares de conteúdo profissionalizante e de conteúdo específico (descrito em detalhes na Estrutura Curricular). Também serão introduzidas unidades curriculares profissionalizantes, relacionadas a sistemas mecatrônicos, para apresentar, motivar e estimular os alunos no descobrimento do “mundo da mecatrônica”. Além disso, serão oferecidas unidades curriculares voltadas para o aprofundamento dos conhecimentos vistos anteriormente e unidades curriculares voltadas ao uso combinado de conhecimentos, ou seja, unidades curriculares integradoras. Entende-se que a presença de temáticas das ciências humanas articuladas a questões tecnológicas, a compatibilidade das vivências práticas com os aspectos teóricos do conhecimento, a abordagem dos conteúdos em constante (re)construção, face ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, o cuidado com as questões ambientais, étnico-raciais, sociais e a interação com o mundo do trabalho, a indissociabilidade do ensino/pesquisa/extensão, a prática de projetos integradores, dentre outros aspectos, destacam-se como fundamentais no processo de construção dos cursos de engenharia. Desse modo, este PPC deseja que se estabeleça uma articulação entre a educação profissional e o mundo da produção e do trabalho, entendendo que somente dessa forma se consegue crescimento, no padrão desejável, com inovação tecnológica. O curso envolve atividades que aumentam sua intencionalidade e complexidade à medida que o curso avança, relativas ao projeto, gerenciamento e execução de atividades. Os estudantes são encorajados a resolver problemas de Engenharia. Demais no PPC.

Fernando Rodrigues Santos E-mail: engmecatronica.cri@ifsc.edu.br Telefone: (48) 3462-5023

A avaliação da aprendizagem baseia-se no que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ou seja, "visa à sua progressão para o alcance do perfil profissional de conclusão, sendo contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos". A avaliação é um processo de corresponsabilidade de professores e estudantes. É ela que orienta os estudantes para a realização de seus trabalhos e suas aprendizagens, ajudando-os a localizar suas dificuldades e suas potencialidades redirecionando-os em seus percursos. Para o professor, a avaliação faz parte do cotidiano, das tarefas propostas, das observações e das práticas de sala de aula essencial para dar prosseguimento aos percursos de aprendizagem dos estudantes. A avaliação será processual e diagnóstica, acompanhando o desempenho e desenvolvimento do estudante na constituição das competências e habilidades requeridas para o exercício profissional da cidadania, numa constante prática de ação-reflexão-ação, de todos os elementos envolvidos no processo ensino aprendizagem. Os instrumentos de acompanhamento do processo de ensino aprendizagem dentro dessa perspectiva serão organizados por meio de projetos, provas, apresentação oral, portfólios, pesquisa teórica e de campo, trabalhos individuais e de grupo, seminários, defesas de trabalhos, autoavaliação, entre outros, buscando sempre articular ensino/pesquisa/extensão. Os registros das avaliações serão feitos de acordo com o Regulamento Didático Pedagógico-RDP, Resolução CONSUP nº 20 de 25 de junho de 2018. Importante lembrar que a avaliação dar-se-á obedecendo a um processo que considera três estágios, quais sejam: I - uma avaliação diagnóstica ou inicial, dada a necessidade do professor de conhecer o grupo para poder planejar suas atividades; II - uma avaliação formativa, que ocorre durante o processo e leva em conta a dinâmica das aulas e as atividades desenvolvidas pelo educando e, por fim, III - uma avaliação cumulativa que concebe a conclusão do resultado obtido. Conforme RDP, o aluno é considerado reprovado caso não obtenha resultado final mínimo de 6 ou não ter frequência mínima de 75% nos componentes curriculares. No decorrer do processo avaliativo, os alunos que demonstrarem dificuldades na construção das capacidades requeridas terão direito à recuperação paralela aos estudos desenvolvidos durante o semestre. Os alunos são orientados a procurar os professores nos seus horários de atendimento pedagógico, a frequentar monitorias e a formarem grupos de estudo a fim de viabilizar a construção das competências requeridas nas diferentes unidades curriculares. Em virtude dos estudantes formarem equipes para realizar o projeto integrador, observa-se que a ajuda mútua entre os alunos tem propiciado um sucesso escolar significativo. Complemento no PPC

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